sexta-feira, 9 de setembro de 2016

PARAFERNÁLEA AUTISTA






Tenho esta varanda,
(espaço extra do betão)
Para imaginar.
É de noite que se sente,
É de noite que se criam as cores
De um dia passado sem atenções.
Rewind humano.
No escuro confortável,
Os neons de outras paredes.
Publicidade que não dorme.
Até o som da rua oiço,
Neste silêncio quase total.
Som do dia,
Multidão confrangedora,
Hipócrita e egoísta.
Empurrões, gritos
Telemóveis, carros,
Autocarros, motos.
Parafernália autista,
Demasiado tudo!
Tanto o que aqui vai,
Dentro de mim,
Que eu dê por isso.
E o resto?
É esse resto que quero!
Um dia, é isso...
É isso tudo, o que me assusta.


08SETEMBRO2016

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