domingo, 24 de janeiro de 2016

PALAVRAS SIMPLES





Palavras simples,
Descomplicadas ,
É o que vejo pela janela.
Um hotel,
Um mar vivo,
Rebelde e indiferente,
Fala como eu,
Sem destinatário.
Enrola o final da maré,
A ultima onda do oceano
A praia final,
Onde cala o grito.
Palavras são como o mar.
Seguem-se umas às outras
Como as ondas, tantas vezes
Sem regras nem nexo
Imposto ou desnecessário.
São livres, o mar é livre,
Potente, inconstante,
Imprevisível, mas controlável.
Por vezes, controlável
Até que a força indomável
Não pare as ondas, as palavras
E a destruição seja inevitável.
Hoje o poder é enorme,
Marés vivas, palavras soltas,
Uma harmonia invejável.
É a calma da alma,
Da minha, dos elementos,
Do que penso, sem previsão
De qualquer final.
Palavras sem nexo dão nisto,
Como as ondas, sem destino
Nem margem certa de rebentação.
Para quê fugir à imprevisibilidade?


24JANEIRO2016

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