domingo, 13 de dezembro de 2015

SABOREAR O SILÊNCIO





Porque o silêncio acabou,
Sinto-me livre e sensível.
A sensibilidade não é fraqueza,
É coragem de quem a partilha,
Sem vergonha de ser homem.
Ser homem não é dureza,
Ser homem não é machismo,
É apenas ser o individuo
Que procura o que ama.
Sorri vós outros com isto,
Porque a herança preconceituosa
Existe, lá bem no fundo da matéria.
Em mim, quem manda é a Alma,
Minha íntima amiga e amante,
Desde esta vida à eternidade.
Saboreio o meu silêncio,
Cheio de barulhos bons à volta.
É o deleite, um prazer louco,
O piano, o cello, o violino,
As páginas que passam,
O murmúrio de um beijo
Mesmo que imaginário...
Quando os silêncios acabam,
É altura exacta para ser Eu.


13DEZEMBRO2015

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