terça-feira, 22 de setembro de 2015

REZAR O SILÊNCIO





Talvez seja o momento de rezar.
O silêncio, em modo de oração,
Pode perfeitamente ser, a solução.
Não posso pensar muito,
Enquanto oro em silêncio,
Talvez seja essa a falha.

Tenho a incerteza muito exacta e,
Sinto a surpresa como comunhão,
Enquanto me agarro à minha fé.
Tenho fé, sim! Claro que tenho fé.
Tem dias que não, porque me revolto,
Por não a sentir no Mundo.

Quero existir, sem feridas,
Com os segredos necessários,
Como as nascentes, que escondem,
A razão de nascer. Irei nascer,
Como batismo indecoroso,
Vibrando os silêncios,
Que me escapam à oração.

Rezo por mim, para mim,
Porque tenho uma parte de Deus.
Como tu! Como todos temos.
O que temos de fazer
Indubitavelmente, é orar.

Sozinhos e inspirados,
Inefáveis momentos sem medos.
Enfrentar o pecado decisor,
Despir a simplicidade e, sair.
Sair do Mundo, sair do corpo,
Sair desta tormenta exagerada,
Que acelera o processo do fim.

O meu poder, é ser frágil.
O meu país, é o Mundo,
O meu amor, são pedaços
Que entrego às nuvens,
Com a imposição de chuva,
Que toque em todas as almas.

Apeteceu-me rezar.

Esta é uma oração momentânea,
Um momento que me fez pensar.
É bom ter moléculas divinas,
Criar um virus de sanidade e,
Contagiar a Humanidade.

Este,
É o meu ónus de vida.


22SETEMBRO2015

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