quinta-feira, 16 de julho de 2015

REINO MORIBUNDO




O perigo do Mundo está comigo,
O meu Mundo, o meu Reino.
Dentro desta cabeça atormentada,
Desatinada, mas sem perda de tino.
A população empobrece a olhos cegos,
Porque os que vêm imitam a cegueira.
Pior, é a idade dos sábios, os idosos,
Que mesmo incultos, aculturam
Muito mais que muito iluminado.
A precaridade do meu querido povo,
Deixa-me prematuramente envelhecido.
Ai Afonso Henriques, reencarna por favor!
Renasce das trevas onde rebolas,
Num pesadelo mórbido com esta realidade.
Trás o sabre da conquista e esquarteja,
Decepa e mata toda esta corja.
Mudou o século, com o retorno da infâmia.
Doi-me este povo, entristece o meu Tejo,
Que enche de lágrimas escondidas,
E cresce com o acumular de corpos,
Que saltam no desespero insuportável.
Ó Reino meu, retalhado a foices rombas,
Colheita de sangue forte,
Infectado por pulhice eleita e refeita.
Dói-me o abismo e o retorno dos passos,
O andar para trás com o adiar da queda.
O limite já transborda de espuma raivosa,
Como presa roubada a lobos, os bons lobos,
O povo que sobrevive de pedaços de nada.
Admiro o meu povo! Ó Deus como admiro,
A submissão apaixonada dos vazios estômagos.
Acabem com o rebombar dos bombos.
Finem a Pompa e Circunstância dos ladrões.
Deixam cheirar o Tejo à água pura e limpa,
Que conquistámos com o orgulho nacionalista.
Por favor, revoltem-se! Punam os pulhas.
Renasce meu Reino.
Renasce!!!!!!!!!


16JULHO2015

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