sábado, 14 de fevereiro de 2015

DESESPERO





Por que será que existe o desespero?
Será doença pontual, um desinteresse,
sem absorção de opções disponiveis.
Será talvez incompetência inocente,
um fechar de olhos discreto, ter medo?
Sei o que é o desespero!
Não sei comparar os níveis,
se é a fome, a doença, o amor...
Sei também que se evita.
Há um poder natural de luta,
de resposta imediata às circunstâncias.
Sei também quem crie circunstâncias,
com um apenas sim, com um apenas não,
a fuga à responsabilidade, o egoísmo!
Sei que há a cobardia, perita no disfarce
do desespero, na manipulação de imagem,
tão inerte como a inércia da cobardia.
Sei que desespero com todo os outros,
que desespero por não poder ajudar, mais,
mais ainda, menos ou até nada.
Porque será que existo eu?
Se o meu final alterasse a necessidade,
se acabasse o desespero dos outros,
finalizava tudo aqui! Sem desespero!
Venha a vida que preciso dar,
venham as formas básicas da existência.


14fFEVEREIRO2015

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