sábado, 31 de janeiro de 2015

RÉSTIA DE PERSONALIDADE




Decantar uma réstia de personalidade,
Poderia transformar moinhos,
alucinar guerras desnecessárias,
numa melancolia silenciosa do ocaso.
O aroma da paz é intenso.
Deveria ser o adormecer das árvores,
o quotidiano das estrelas, o brilho,
disfarce de uma luz subterrânea.
Chega a noite, chegam as chagas.
Já não queimam corpo, nem alma,
ssão o hábito de um monge nu,
em eterna penitência flagelante.
É um lavar de pés de misericórdia,
com a candura de um amor sincero.
A exactidão dos processos,
são distâncias minúsculas
entre o Homem e o cosmos.
Serei quântico quanto baste,
perdido na percepção das proporções.
Serão misturas de Gigantes,
com tresmalhos femininos de história,
que decantam esta réstia de humanidade.
Fico sempre neste limbo impertinente.
Fico seco de frente à fonte,
que apenas jorra a dúvida que quero.
Vou minar uma montanha,
escondida nessa noite de chagas,
que iluminam o escavar da rocha,
que abafam os gritos da violação.
O momento é este. Sempre meu,
distorcido por um espelho velho,
que ondula a minha silhueta,
e me faz acreditar que existo.
Que posso eu dizer?
Sou personalidade positiva,
 nesta empobrecida réstia do Mundo.
Este Mundo é a minha pátria.

31JANEIRO2015

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