sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ESTADO DE GRAÇA



Estado de graça.
Assim.
Só vento,
solto.
Silêncio,
a Terra.
Margens inundadas,
frágeis as correntes,
Nós apertados,
pedaços de troncos.
Mordaças cortadas,
gritos de sim!
Apetece ser maior!
Crescer por dentro,
sempre, a todo o momento.
Sumir, como o tal vento.
Ver.
Já vejo pouco.
Um quase nada,
porvir.
Materialista inanimado.
Eu,
sensível,
à mais leve sede.
Segue-me,
Sigam-me,
Tragam passos;
Sorrisos e cantorias.
Só o Sol me encandeia,
Só o fogo me queima,
Os de dentro!
Quero tudo,
tanto de tudo;
Quanto baste!
Ficar,
voltar,
a ser!

29AGOSTO2014

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