quarta-feira, 2 de julho de 2014

O VERBO CERTO




Só hoje me decidi a continuar.
Há um ponto no meio de um círculo.
Sou eu!

Nada circula à minha volta!
Sou apenas o meu centro,
o centro do meu mundo,
o meu próprio pedaço de Deus.

Deixem-me pôr desta maneira...
Poeira. Pó materializado,
provido de inteligência.

Claro, o azar dos humanos!
A inteligência. Uma falha.
Tomara haver apenas instintos.
Os que tenho, são manipulados,
pré meditados e arquitectados.

Mas é bom ser o que sou!
Sermos o que somos,
com o azar inerente e particular,
por ter apenas uma consciência.
Fraca, quase inútil mas,
que se cola e nos persegue a todos.

Todo este projecto é um amor indiscutível.
Não sei se o criei, se fui criado.
Não quero saber, nunca saberei!

Há uma auréola onde acaba a visão.
Há um prolongamento incompreendido,
onde acaba a matéria e começa o espaço.
Há um vazio! Um bom vazio.

Um planeta que se alimenta por si,
em estado de gestação universal.
Não sei se nasceremos alguma vez,
se o cosmos nos quer parir. Não sei!

Sou eu!
um ponto minúsculo.
Sou eu!
Preso num círculo fechado!

O verbo certo é,
Viver!


02JULHO2014

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