sábado, 24 de maio de 2014

DIA DE PAZ



Um dia de paz,
Sem dar por isso.
Agarrei o ocaso,
Por acaso num
Piscar de olhos.
Ficou gravada,
Na retina, uma foto
sem retoques.
Isolei-me do corpo,
No meu corpo,
Sem o meu corpo.
Rangeu um ferrolho
Como num Templo.
O meu Templo.
Eu!
O Meu Deus,
À minha imagem.
Tudo salta fora e,
Tudo entra em mim.
Trocas sérias!
Não imaginárias.
Invisíveis, Reais que,
Rodam o Mundo e,
Oferecem-me a paz.
O Ocaso,
Vagaroso,
Lento,
Morno.
Mesmo cerrando os olhos,
Fica a Beleza, eterna
No meu "inner".
Uma terceira visão.
Eu!
Fora de mim.
O Cosmos,
Aqui dentro.
Eu!
Poeira.
Tudo tão rápido,
Medido neste tempo.
O tempo, não o tem.
Não existe o tempo.
Só dias se contam.
Rotações.
Uma por dia.
Rotação eterna.
Dia de paz.

24MAIO2014

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