terça-feira, 28 de janeiro de 2014

NUNCA O ÓDIO



Ouso de uma pequenez disfarçada.
A que me distingue.
Não sou pequeno,
Nem em corpo,
Nem em intenções.
Limitações, sim.
Claro que as tenho,
Como todos os outros.
Os que as sentem e,
Os que acham que não.
Há um limite alcançável e,
Há o meu infinito.
Sou como todas as cores
Que de sãs me confundem.
Misturem-me à matéria e serei algo.
Abominem-me na decomposição
Do idealismo e, serei carne.
Serei aquilo que vocês quiserem.
Serei fome e fartura em consciência,
Serei do antagonismo, o desejável.
Sei amar!
Tal e qual como o sei.
Mas sei amar.
Sei ser puro e indecifrável.
Sei ser tudo o que me apetece.
Sei rimar com todos os verbos.
Sei que quero o impossível,
Só assim, nunca irei desistir.
Sobrevivem as contradições.
Sobrevivem as tradições.
Sobrevivem os textos que leio e,
Me confortam por inconformismo.
Sei dizer tudo o que os outros não gostam.
Sei que sim, não apenas porque sim,
Nem apenas por acaso.
Sei dizer que não, em pulmão cheio.
Nunca de raiva.
Nunca de ódio.
Nada se resolve com ódio,
Como o ódio resolve nada.
Apenas mais um dia,
Mais um (o)acaso.
Sinto-me acre e doce,
Nesta coexistência premeditada.
Ser doce é bom.
Demais é nefasto.
O ódio... Não!
Nunca!


28JANEIRO2014

Sem comentários:

Enviar um comentário