quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

OS HABITÁVEIS



Acabei a maratona do gelo.
A hipócrisia aqueceu-me.
Desfi-lo por desleixo.
O verdadeiro, o gelo,
cubo por geometria,
encheu-me de desejo.
Pensei nos dedos,
no cubo de gelo,
no arrepiar da pele.
Magoei-me pela falta. Doeu.
No fundo, fala-se de idealismos
neste fútil copo de fundo fútil.
Cuba Libre s.f.f. Well...
Símbolos de uma liberdade,
ébria. De sorrisos xenófobos.
Exacerbar fundamentalismos,
do simplesmente necessário.
Aqui, já não entendo nada!
Apenas snobismos indisfarsáveis,
comunismos elitistas e arrogantes,
mas acima de tudo, nada!
Só palavras pré-escritas,
programas de utopia adormecida,
desejáveis mas... líricos.
Certo! Tudo no sítio certo!
Se mais houver, que seja bom
tal como uma mulher!
Hoje, neste momento,
não há gelo que me aqueça o copo.
Há valores restritos, dissolvidos
no fundo de um período quase irreversível.
Ficamos nós,
fabricantes de bebidas idealistas.
Os habitáveis!


01JANEIRO2014

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