terça-feira, 14 de janeiro de 2014

DESÂNIMO




É danado o desânimo!
Tudo me leva a crer que,
a pressão é uma faca de dois gumes.
Faz-me chegar ao meio de uma escada,
parar sem saber se suba, se desça.
As opções estão mesmo ali,
depende para onde me vire.
Subir ou descer é única dúvida certa.
A saída existe por mais que se esconda.
Posso sorrir e saltar pelo mundo,
apesar de um desânimo interior intermitente.
Ninguém morre por desânimo,
apenas se morre por desistência definitiva.
No fundo, todos somos uma forma diferente
de qualquer um tipo de desânimo momentâneo.
A frustração é a antecâmera da desistência,
nada me pode dirigir a essa antecâmara.
Parece-vos que sim? Enganam-se!
Enganam-se como em tantas outras coisas.
Regular-me, avaliar-me, será sempre errado.
Só eu me conheço. Só eu me dou a conhecer.
Desânimo, claro que sim, por vezes.
Desistência, nem por nada, nem por ninguém!
Falar da vida dos outros é uma moda mortífera.
Ninguém sabe a realidade dos outros.
Ninguém divulga a sua realidade, logo, como julgar?
Claro que há versões, induzir imagens incorrectas.
Defender posturas de meia verdade.
Não há meias verdades para mim, confesso.
Mas vivo bem, muito bem comigo mesmo!
É danado o desânimo, mas não fica para sempre.


14JANEIRO2014

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