domingo, 22 de dezembro de 2013

QUANDO ME SINTO ASSIM...



Às vezes não sei o que sinto!
Isto não é uma lamúria,
deixem-se de mérdas de auto intelecto.
São tantas as dúvidas que tenho,
é tão pouco o meu tempo de vida.
O que me frustra é a limitação.
Tudo o que não depende de mim,
além do limite do corpo,
para além do limite do mundo,
como Dali mostrou,
fugindo da crosta do mundo,
assim eu me sinto.
A carne apodrece, é inevitável.
A Alma, persiste além do tempo
apesar de todas as minhas dúvidas
que continuo a ter e nunca saberei.
Quem responde a esta dúvida?
Quem? Nem Deus que o devia saber.
Tudo o que foi arquitectado se altera,
a desilusão da inteligência,
é tudo o que me ultrapassa,
sem qualquer controlo possível.
Até mesmo o que criamos,
adiamos porque o perdemos um dia.
Proporcionalmente, tudo se torna cruel.
Não poder estar com quem amo,
não poder ouvir quem quero,
não poder interagir com os mestres.
Às vezes não sei o que sinto!
Quando me sinto assim,
nada tem qualquer razão de ser.
Nem eu, que só por aqui passo!

22DEZEMBRO2013

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