terça-feira, 20 de agosto de 2013

MORRER NÃO EXISTE




Sou eu o tempo.

Sei o porquê,
Sei o vagar da vida.
Lento, muito lento,
O maior prazer,
Sinto-o devagar.
Deixai-o correr,
Preguiçoso,
Como eu o sinto.

Sou eu o tempo.


Olhando sentado,
Indiferente,
Na encosta da morte,
Milhares de rios,
Que sobem,
Que descem,
Conscientes.
O leito da Lua,
Feito de pele nua,
Excita-me o corpo,
Onde me deito,
Lento, como o tempo
De um beijo no peito.

Sou eu o tempo.

O meu tempo.
Caótica a indiferenca,
no purgatório da alma.
Quero-te tempo,
lento e mais lento.
Canta-me as horas,
dá-me todas as rimas.
dá-me todas as coisas,
que são o meu fado.

Sou eu o tempo.

Porque quero!
Morrer não existe!
Existe o tempo!

20AGOSTO2013

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