terça-feira, 6 de agosto de 2013

CONCEITOS BÁSICOS




Falta-me sentir o ébrio do ar.
O imponderável súbtil da razão,
Apesar de fugir a todas as regras.
As legendas do meu filme...
Indecifráveis as palavras e,
Apesar da infertilidade fútil,
Torna-se inanimado meu mundo,
Por uma falta de lógica doentia.
Se estou no topo do Ego,
Há uma névua absorvente e calma.
Se estou paciente, sobrevivo a dores,
A sabores secretos, que sangram,
Por terem a luz em olhos cerrados.
Há versos que parecem tempestades,
É neles que consumo a imobilidade.
Acredito na arca das leis escritas,
Harmonia particular, desviada,
Concisa em alegorias do tempo.
Fico sem bases, saindo do centro,
Se me desconcentro, sou volátil.
Faltam-me os pés na terra, afogo-me
Em desertos de saudade eterna.
Farta-me sentir o incerto e,
Desespero por um pouco de ar.
Sei respirar, por ser inato e inocente,
Todo esse movimento mecanizado.
Vou fugir de uma estrutura própria,
Que acredito também falha e,
Me faz receber um ar desoxigenado.
Quero sentir o ébrio do ar,
Fugir à respiração de conceitos básicos,
Apesar de já ter perdido a magia e,
Todo o respeito que preciso.

06 AGOSTO 2013

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