segunda-feira, 15 de julho de 2013

POR TODAS AS VEZES QUE TENTO





Por todas as vezes que tento,
Há uma limitação intransponivel.
Tento tudo, contra mim próprio.
Tento a sensação de ser feliz.
E toco-a sempre, muitas vezes.
Mas o tempo, a besta crua,
Tem um laivo cruel de nitidez.
A nitidez que me falta, que quero,
Que me faz assumir a realidade.

Por todas as vezes que tento,
Essa nudez na minha alma,
São imensas as outras,
Todas as vezes que falho.
Aprendi a cair, sem dor,
Por tantas as vezes que caio.

Por todas as vezes que tento,
Não faz sentido o passado.
Não tem sentido o presente.
Apenas uma fórmula inteligente,
Apenas saber viver a vida.
Apenas tento emoção nas coisas,
Nas pessoas, e em mim próprio.
Sou emotivo por defeito,
Um defeito horrivelmente agradável.

Por todas as vezes que tento,
Nunca consigo o intento,
Mas não deixo nunca de tentar.
Que o Sol me traga o vento e,
Me atenue o calor na mente.

Que eu tenha descernimento,
Por todas as vezes que tento,
Que ao tentar eu consiga,
Nunca deixar de te amar.


15 JULHO 2013

5 comentários:

  1. Olá amigo carlos.
    Foi bom encontrar o seu blog de poesia.
    Gostei muito do seu poema sem rima.
    Voltarei sempre.
    Tou seguindo você.

    Minhas poesias,
    Http://my-poesia-world.blogspot.com

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  2. Uma construção poética fortíssima e bela...! És grandioso Poeta!

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