sexta-feira, 12 de julho de 2013

O MEU EU DIVINO




Terei que me recriar para me sentir bem.
Eu, recriar-me. Sabe um pouco a vazio.
Eu? Mas sim, Eu, porque sou Eu,
porque só Eu sei, talvez, o melhor de mim.
Deus, é uma prioridade da alma.
Um vazio que não existe mas é proclamado.
Depois de muito tempo, de muito vazio,
descobri que afinal sou melhor que Eu.
O outro Eu, que não Eu. Apenas este Eu.
O dito vazio é uma desculpa fanática,
uma frustração que submete tantos, ao nada.
Uma boa desculpa, para ficar inerte!
Um caminho obscuro de agressividade.
Tenho que incumbir as pessoas, se o quiserem,
a que a espera nunca alcança. Nada disso!
Quem espera, nunca alcança, apenas espera.
Dentro de mim, dentro de nós, há um espaço
de carisma eterno que ultrapassa a inteligência.
A inteligência, inseparável a este "inner",
o caminho pessoal, comum a todas as religiões.
O divino sou eu, uma parte de mim,
de dentro para fora, não de fora para dentro.
Eu sei que parece um trocadilho inusitado.
Eu sei e percebo o que digo, talvez apenas eu.
Falta-me pintar este quadro em cores que se leiam.
Falta-me uma escultura que me represente,
onde os vossos dedos toquem a minha alma.
Se pudessem tocá-la, saberiam o que digo!
Mas venham os Deuses, de todas as culturas,
que me embalem o Eu a caminho do divino.
Preciso deste espaço próprio! Muito próprio.
Preciso de lutar comigo, neste desafio.
Não tenho ódios, nem lutas, nem guerras.
Tenho uma luta intensa com o meu Ego,
quero aprender a passar sem ele, um dia.
Só Eu posso ter o que tenho dentro de mim,
uma nano porção de Deus. À sua imagem.
A inteligência é bónus e transporte divino.
Para o ser, eu me recreei, tal como vós.
O Eu, é comum dentro de nós!
Somos o divino desmultiplicado.


12 JULHO 2013


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