segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

SORRISO FUNDAMENTALISTA



Um sorriso fundamentalista pode mudar o mundo.
Mesmo que o esboco de uma ruga precoce,
encaminhe uma lagrima que muda de cor.
Um sorriso, a quimica altera o sabor.
Pode ate manter a salinidade da tristeza,
mas um sorriso, mistura a sanidade da felicidade.
O que nem sequer me transtorna, porque o sinto,
sao os corpos sujos da pobreza, como limpido
e o cristal refletido na alma de uma nascente.
Preocupa-me o intervalo vazio das proporcoes.
Uns tanto, outros tao pouco, e nada... apenas nada.
Fica-se politizado pela conveniencia. Um pobre...
Coitado, e como um tapete onde limpam os pes,
como um pano lustrado pela seca do tempo.
O que me assusta, e a surpresa e a ironia.
Ler nas noticias do mundo, que sim... "eu sei".
Nos sabemos que sim, e ficamos aqui.
Impavidos e pouco serenos, com o incomodo
que a sensacao de culpa e inercia propria,
nos junta ao batismo dos defundos. E doi!
Doi-me tanto a mim! Grito pelo menos...
Por mais que tente, adormeco agitado.
Os pesadelos sobem a escada do sonho,
um sopro, e empurram-no no abismo da fome.
E vomito nas raizes do fundamentalismo,
para que apodrecam no acido humano,
que os ha-de corroer por inteiro. Desdenho...
No fundo, tenho vergonha em ter pena.
Nao resolvo nada, apenas desabafo com nojo.
Sinto-me raspar a alma, como uma nodoa
decadente e impregnada, como a raca humana.
E os rios de cristal, sujam-se na podridao
do toque, aquele de quem saciam a sede.
Sentir felicidade e um risco permanente,
pelo assalto da consciencia de quem pensa.

21 JANEIRO 2013

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