segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

POR AQUI FICO...



Adivinhar o que me possa acontecer.
Um sonho que se realiza sem saber.
Alma motivada pelo apelo da incerteza.
Talvez ao acordar, enfrente um espelho.
Enfrente o que nao sou quando acordo.
O focar da imagem, as rugas na pele
que teimam em dar nas vistas, um nada...
Um nada que me preenche totalmente.
O poder do credito de pensamentos,
os que sigo, gosto ou desgosto, um nada...
As vezes pensar na existencia, transporta-me
para a visao de John Smith. A pintura...
Os vermelhos de apocalipses encantados.
As cidades doces e divinas como almas,
tao quentes na brancura reflectora das chamas,
do final do tudo e do nada... adivinhar.
Imaginar o que sai em absoluta inconsciencia.
Assumir a excentricidade dos momentos,
como feno que alimenta a besta, que devoro.
O que vem a seguir e facil de entender.
Segue sempre a logica da ignorancia,
tantas vezes previsivel que generaliza.
Ser dramatico nestes momentos, sem medo
pois interpretacoes sao como ovos chocos.
O apocalipse sem as montadas soprantes,
desliza na harmonia dos passos mortais,
sem ferro nem fogo que ardam, um nada...
Tudo se resume a ilusao pre registada,
a memoria imposta pela criacao da alma.
Talvez marionetes desfiadas, autodidactas
em movimentos loucos e unicos, onde afinal
o acto da criacao, se transforma no criador.
Adivinhar o que me possa acontecer... ja foi.
Ja sigo o rumo do obvio, que me abstrai,
porque me poupa da inercia das utopias.
Ja deixei de adivinhar, porque ao tentar
tanto o fiz, que me deixei de ser evidente...
Nasci! E por aqui fico...

07 JANEIRO 2013

 

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