terça-feira, 1 de janeiro de 2013

PERDI QUASE NADA



Perdi quase nada, mesmo quase nada!
Perdi corpos que foram, ficaram as almas.
Um saldo de tudo, que de bom nao acaba.
Nao consigo perder afinal... peremptoriamente!
Nao perco, porque nao quero perder nada.
Nem a vontade de nao perder o que tenho,
cresce a vontade de ganhar o que quero.
O balanco desforra-se em quase nada...
O somatorio, passou a ser a minha escolha.
Subtrair, so o que nao presta por inteiro,
que a minha duvida seja fundamentada.
De resto... o meu denominador comum,
no final, resume-se a uma simples reflexao...
Perdi quase nada, mesmo quase nada!
Sei do quanto subjectivo possa parecer,
mas porque o todo se faz das partes,
acima de tudo nao ha nada de relevante.
Nao existe nada que cresca e engrandeca,
que nao tenha surgido de um pequeno nada.
E nao perdi pitada... mesmo quase nada.
Perdi gentalha, que agradeco a distancia.
Descobri gente boa, que me da tanto.
Adocei a minha chavena de belprazer,
com cubos doces de sabedoria e deslumbre.
Bordei momentos de filigrana rica e fina,
em rendilhados dedicados a reter memoria.
Gastei o corpo no prazer de uma mulher.
Cresceu-me o ego, a alma finalmente fica.
Mantenho a saudade, porque e boa assim.
A fidelidade efemera porque e pura.
O amor eterno porque e unico.
Perdi quase nada, mesmo quase nada!

01 JANEIRO 2013

2 comentários:

  1. Sei do quanto subjectivo possa parecer,
    mas porque o todo se faz das partes,
    acima de tudo não ha nada de relevante.
    vale a pena dedicar os instantes que dedico par vir aqui ler você.

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