terça-feira, 22 de janeiro de 2013

INFANCIA



Cresci sem perder tempo.
Sem o tempo que queria,
na minha fraca infancia.
Fechei-me admirado de tudo.
Nao cheguei a saber nada.
Cresceu o esmagar do meu corpo,
em sonhos pesados e duros.
Nao chorei por isso... pouco chorei.
Choro agora de contente, serio
na memoria que me deu vida.
Perdidos, aprendemos o caminho
o que queremos ou optamos,
ate na imposicao das maguas.
Nao tenho odios concretos,
aprendi com os erros dos outros,
com os meus, segui o caminho.
Um caminho... que nao para.
No corpo, na alma e na espera.
Nao sei bem o que espero,
se e que espere por alguma coisa.
O cerebro funciona, o corpo
tenta obedecer enquanto e tempo.
A alma nao mexe em nada,
apenas remexe a memoria.
Esta eira batida de vento,
separa o trigo do joio... filtra.
Mas fico devedor a vida,
tendo sido o que foi, assim
se filtra o futuro no desamparo,
dos castelos de areia que construi.
Mergulho na paz do sonho,
desde sempre e para sempre.
Aproveito a infancia que tive,
renovando a que comeco hoje.
Brinco agora com a vida...
um prazer da minha infancia.

22 JANEIRO 2013
 

Sem comentários:

Enviar um comentário