sábado, 12 de janeiro de 2013

CONFISSAO



Acho estranho pensar em confissão, confesso.
Mas penso.
Nao sei se será o melhor momento.
Nunca será o melhor momento,
Sempre pequei, todos nós pecamos,
Disfarçados em pureza inexistente.
Por isso (não me mintam) todos pensamos,
qual será o momento ideal,
apesar de nunca exacto da confissão.
No fundo, confesso-me diariamente, sózinho.
Uma religiao em que EU sou Deus.
A alma, um templo em constante crescimento.
Pecar pequei, saber sempre soube e não parei.
Talvez erros sejam pecados, se o forem,
Se for verdade aprendi a pecar com resultados.
Errar é um pecado que desaparece sem rezar.
A penitência fica no corpo e na memória.
Entendo os rituais! Sou a favor e pratico,
Os meus, os que quero e sei vir a atingir.
Não tenho que dar satisfações, confesso.
Preocupo-me evidentemente com exageros,
com ofensas ou más interpretações, evito sim!
Apetece-me confessar, só o que penso agora.
Confessar o passado, infecta todas as cicatrizes.
As mais dolorosas, aquelas que a alma evita.
Meditar será confissão, talvez. Vou tentando...
Confissão por confissão, fica a dúvida.
A incerteza do confessor atrai-me tanto.
Confesso que no fundo, nao quero nada disto.
Apenas escrever uma leve  loucura, que confesso.
Mas recomendo que sim, confessem a alma.
Olhem para vós próprios e sintam a critica.
A dúvida virá devagar, sombria e carente.
Tão carente como quem precisa da confissão.
Acabei de o fazer.
Confesso!

12 JANEIRO 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário