sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NAO QUEIMEM OS LIVROS



Nao desconfio da coragem como forma.
Tenho medo da queima dos livros,
por fogueiras ateadas em cobardia extrema.
Vi e li historia abominavel, como o odio.
Que nao sirva de exemplo, nem de impulso!
Mas nao queimem os livros... limpem.
Limpem o po das palavras que estagnaram.
Desenhem pequenas letras, em arte medieval,
incrustando o ouro que o nao e, mas brilha.
Fiquei devoto a esta religiao tao comum,
como todas as outras juntas... a leitura.
Sei que nao me chega o tempo, e lento...
Servir-me-ei do vacuo que me atrai,
por cada folha virada, nas frases que faltam.
Nao faz sentido a ignorancia consciente.
Nao faz sentido o menosprezo a Sabedoria.
Semeio a vontade irreverente e irreversivel,
de acumular mais livros... de le-los quanto possa.
Nao os quero ver queimados, abusados e tristes.
Deus que o quem seja, mora dentro desses espacos
que nos preenchem almas e espiritos na arbitrariedade
e benevolencia da dialetica... a duvida!
Alternativas de anseios e premios por conquistar,
sao descritos em imaginarios complicados,
tao complicados que fluindo os olhos por linhas certas
simplificam interpretacoes e certezas particulares.
Nao deixem queimar os livros... outra vez.
Que os incendiarios se danem e queimem
na fogueira igorantemente ateada... que cheire a carne.
A paixao que tenho, nao imponho...
Mas imponho que o livro nao morra queimado.

02 AGOSTO 2012

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