segunda-feira, 2 de julho de 2012

EXCENTRICO



Poderosa e a excentricidade...
Cinzelar a loucura como obra d'arte.
Percorrer rumos indefinidos,
com alegorias mestras sem regra.
Ser excentrico, e o momento...
Ter a desenvoltura da diferenca,
nao forcada... inata e desigual.
Excentricidade da alma irrequieta,
transforma-me sem que o queira,
em permanentes panaceias de sonho.
Ser igual a tantas outras coisas,
que mesmo pecando pela diferenca,
sao imagem desfocada da realidade.
Que bem que sabe a excentricidade.
Ser um riso liberto sem temor,
onde os panicos criticos se tornam menores.
Meras indulgencias acri doces,
que sabem tao bem como fel adocicado.
A excentricidade tem limite proprio,
o desenrolar do projecto que nao defino,
que nao tenho ou quero... mas que apenas sim.
Sim... o positivismo excentrico do desconhecido.
A excentricidade do tudo... mesmo que doa.
Um leito de seixos arredondados,
que afluentes de memorias moldam como rios.
Tocam-se, raspam-se, rocam-se como corpos
tesos de desejo, que os transformam.
Tenho a excentricadade da metafora,
que nem sei usar como a penso... e tento.
Tento olhar o que nao me interessa,
com o desdem da indiferenca acumulada.
Sabe bem sentir a excentricidade comum,
em tentativas do que nao se alcanca.
Observar os comportamentos...
ver passar a vida doutrem,
pelo filtro da minha vida.
Ser excentrico, e pincelar a vida
com cores raras e dificeis de interpretar...
Tal como gosto... tal como vivo.

02 JULHO 2012

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