sábado, 5 de maio de 2012

O VOO DAS AVES

Passam por mim receosas,
em harmonia de movimentos
que so elas sabem... voar.
Sempre com o horizonte ao fundo,
sempre com o ceu por limite.
Como sera que olham para mim?
Do topo... la de cima.
Circundam o mundo com visao
tao diferente, que invejo o poder.
Se pudesse, arqueava os bracos
de dedos abertos, com membranas
e subir, subir sem parar... ao olhar o sol.
Nao ficasse encadeado pela luz...
nao derretesse a cera das asas.
E voar... meu Deus, voar...
Por serras e mares,
Desertos e ares... sem fim.
Sentir-me planar em ar quente
como correntes de oceanos,
que transportam a vida... tao simples.
Olhar o mundo de forma diferente,
sem gente... um espaco imenso.
Assim que nisto penso,
realizo o meu sonho...
torno-me em ave de penas,
sem pena da vida,
com o poder de voar.
Queria ser ave... para vos ver,
num mundo diferente...
Pintar o ceu, em tons de azul,
e em cores quentes, ao final do dia.
As minhas cores... o meu voo.
Queria ser ave... e voar!

05 MAIO 2012

2 comentários:

  1. Olá Carlos
    A musicalidade dos seus versos é intensa e profunda. Você me conquistou fazendo-me também fazer parte desta belíssima viagem pelos ares. Lindo poema. Parabéns!
    Um afetuoso abraço
    Gracita

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