quinta-feira, 5 de abril de 2012

O ARQUIVO DOS MEUS SONHOS


O arquivo dos meus sonhos...
Imenso, que no adormecer
de mim, me mantem acordado.
A idade... o prazer dos anos.
Descobri um abrigo, um canto
um lugar pequeno no fundo...
no interior, onde resolvi esconder,
o arquivo dos meus sonhos.
Sinto os anos em Sabedoria !
A pouca que tenho... a minha.
Nao finjo, nem quero imitar,
nem tampouco ludibriar-me.
Sei o que sou, pelo que fui.
Serei sempre o que mantenho de mim.
Sem derrames de nostalgias tristes,
mas em compassos marcados
de momentos como este,
quando me agrada pensar.
Sinto o prazer dos anos... passar.
No fundo, o arquivo dos meus sonhos
rejuvenesce a vontade que persiste.
Um plural de vontades, inigualavel
por alguem que nao seja eu.
Sou de certa forma, materia
concreta de ilusoes actualizadas
pelo passado, que nas memorias
me encantam a filtragem.
Filtro o futuro... hoje.
Admiro a minha sorte...
Sorrio sem demasiada precisao,
quando me olho ao espelho.
Gosto de sentir o que sinto,
amar os que amo,
viver o que me mantem vivo.
No fundo, da memoria viva
relembro permanentemente,
o arquivo dos meus sonhos.
Vivo sem treguas quaisquer...
a realidade que sonhei.

05 ABRIL 2012

2 comentários:

  1. Tu interpretas poeticamente o que venho sentindo após meus 60 anos. Muitas vezes me olho e penso: esta também sou eu, aqui quase escondida de mim mesma. Abraços.

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