segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O PIANO

Ouvir um martelar envolvente.
Suave, e de pura harmonia.
O toque fragil, em teclas e dedos,
brancas e negras como tantos caminhos,
como tantas as fases que passo na vida.
Um som que me invade a pele,
que me cala e arrepia de prazer.
De cauda, electrico ou alto,
objecto de sempre finos sentidos.
Quando o tocam sente-se amor,
o amor que em som nos envia.
Nao ha som mais puro e intenso, que
a fina pureza de um piano concerto.
Abrupto, suave ou intenso,
enche-me o peito de melodias.
Por si se cria beleza complexa,
num afinar de sons em pautas escritas.
Ouvir os trechos dos mestres,
em leve martelar de dedos, em sabedoria.
Enche egos de prazer constante,
no deslizar de sons em alegria.
Sentir a Beleza em notas que voam,
ouvindo, ao ler o livro da vida.
Sinto-me sorrir com o mundo,
pela simplicidade ao ouvir um piano.


2 Janeiro 2012

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