terça-feira, 17 de janeiro de 2012

JA NAO SEI...




Pequenas coisas...
Percebo as coisas pequenas.
As que sei.
As outras.
As que ainda nao...
O azul existe.
Ja nao sei onde pertence.
Confundo o horizonte...
Se sera mar,
se sera ceu.
Sei distiguir o calor.
Os tons quentes.
Ja nao sei...
Sera fim de dia...
Sera amanhecer.
Gosto de aqui estar.
Com as pequenas coisas.
A consciencia.
Ja nao sei onde pertenco.
A revolta das flores.
A mudanca das cores.
Tornam-se palidas...
como a minha pele.
Perdem os tons.
Perdem as cores.
Esfriam calores,
quando murcham ...
Ja nao sei onde pertenco.
Mesmo sem flores,
continua o belo...
o oiro escuro da noite...
o prateado do luar.
Fecho os olhos.
Ja nao sei onde pertenco.
Atraso o tempo,
como posso.
Tento,
tento atrasar o tempo.
Tapo com meus dedos
ampulhetas de areia.
Nao viro redomas.
Nao lhes mexo.
Deixo ficar.
Paro o tempo.
Vagaroso... sem pressas.
Como frageis brisas de mar.
Ja nao sei se aqui pertenco.
Mas sei...
Sei que gosto!
Sei que vou ficar.


17 Janeiro 2012

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